Recebi o diagnóstico de doença inflamatória intestinal. E agora?

Recebi o diagnóstico de doença inflamatória intestinal. E agora?

Ainda não existem dados estatísticos em quantidade expressiva sobre a incidência da doenças inflamatórias intestinais (DII) no Brasil. Nesse grupo, encontram-se a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
No entanto, um estudo qualitativo e quantitativo realizado pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) em 2017 conseguiu entender de forma mais aprofundada a realidade dos brasileiros que vivem nessa condição.


As informações, apuradas de forma pioneira, apontam que o diagnóstico final demora mais de um ano para 41% dos participantes do estudo. Esse atraso pode piorar a qualidade de vida e dificultar a adaptação à nova realidade.


Apesar da fadiga, dos episódios de diarreia, da perda de peso e da dor abdominal, os pacientes com DII podem fazer mudanças no estilo de vida que tornam possível preservar o bem-estar e lidar com o problema de forma mais tranquila.


Todos esses sintomas da fase aguda das DII serão acompanhados de perto por uma equipe multidisciplinar, composta pelo médico coloproctologista, pelo nutricionista e por um psicólogo, entre outros profissionais.


Quais as mudanças na alimentação e no estilo de vida?
Na fase crônica, os sintomas diminuem e o paciente será orientado a seguir uma dieta que garanta o aporte nutricional adequado, especialmente no que diz respeito ao índice calórico e protéico dos alimentos.
Como os sintomas diferem muito de uma pessoa para outra, não se fala em alimentos absolutamente proibidos. Cada paciente deverá observar o que pode agravar o seu quadro e fazer as mudanças necessárias na alimentação.


De forma geral, leite e derivados, açúcar branco, glúten, carne vermelha, bebidas alcoólicas, frutas com casca, legumes crus, café e chocolate devem ser evitados, pois costumam desencadear crises.


Legumes cozidos, arroz e carne de peixe ou frango são boas opções para o cardápio, que deve contar com pequenas refeições ao longo do dia. Além disso, é preciso beber entre 1,5 e 2 litros de água por dia.


Embora não exista cura para as DII, é possível ter uma vida normal, livre de preconceitos ou constrangimentos. Basta seguir as orientações médicas e assumir a responsabilidade sobre o próprio tratamento.