Um câncer que se desenvolve lentamente e seus sintomas se confundem com outras doenças que também atingem a mesma região. Assim é o tumor colorretal, também chamado de câncer de intestino grosso ou de cólon e reto, dependendo de onde ele se manifesta. É considerado um dos tumores mais preveníveis, justamente porque podemos driblar os fatores de risco e diminuir as chances de aparecimento da enfermidade.
Tipos
Vários tipos de câncer se desenvolvem no reto ou no cólon. Os principais são:
- Adenocarcinomas: representam mais de 95% dos cânceres colorretais.
- Carcinoides: são tumores que começam nas células do intestino que produzem hormônios específicos.
- Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST): eles começam a partir das células intersticiais de Cajal, na parede do intestino.
- Linfomas: são cânceres das células linfáticas como dos linfonodos, mas também podem se iniciar no cólon, no reto ou em outros órgãos.
- Sarcomas: podem se iniciar nos vasos sanguíneos, no tecido muscular ou no conjuntivo na parede do cólon e do reto.
Como prevenir
Não há como prevenir completamente o câncer. No entanto, há coisas que você pode fazer para diminuir o risco. O trio atividade física+dieta+peso corporal é a base preventiva. Estar acima do peso, seguir uma alimentação descontrolada, principalmente com abundância de carnes vermelhas, e não se exercitar é quase dizer: “Eu quero ter câncer”.
Outros fatores de risco são o tabagismo (o cigarro se relaciona a praticamente todos os cânceres e as doenças existentes no mundo), o abuso de bebida alcoólica (sobretudo no caso dos homens) e o uso excessivo de anti-inflamatórios não esteróides.
Além disso, o rastreamento por meio da colonoscopia é uma das formas mais eficazes de antecipar qualquer anormalidade intestinal. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia estipula a realização aos 50 anos, diretriz que era seguida até pouco tempo pela Sociedade Americana de Câncer (ACS). Agora, a ACS preconiza que o exame deve ser feito cinco anos mais cedo, aos 45. A explicação é porque nas últimas décadas tem se observado um aumento expressivo na incidência dos tumores de intestino em adultos mais jovens.
Estima-se, por exemplo, que pessoas nascidas na década de 1990 possuem um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer no reto do que as que vieram ao mundo nos anos 1950.
Quais os sintomas?
Os pólipos malignos (ou que se tornam malignos) que crescem no revestimento interno do cólon ou do reto geralmente demoram muitos anos para serem descobertos e uma das causas é porque as pessoas simplesmente fogem da colonoscopia.
Os principais sintomas que de há algo errado são: diarreia ou constipação, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado na hora da evacuação, presença de sangue nas fezes, dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal, perda de peso injustificável, cansaço e fadiga constantes.
Tratamento
Depende do estágio do câncer e de outros fatores. Cada caso requer um tipo de tratamento que pode ser combinado com outros ao mesmo tempo ou usados um após o outro. Se o tumor é menor e não se espalhou, por exemplo, terapias locais, como a cirurgia, podem surtir bons resultados. Em outras situações, as abordagens sistêmicas, a exemplo da quimioterapia, podem ser a melhor alternativa.