Para mim, o aspecto mais importante dos avanços da tecnologia e da medicina é a possibilidade de ajudar a resolver, sem traumas e sem dor, o problema de pessoas que não podem contar com outra alternativa a não ser o procedimento cirúrgico.
Além de otimizarem o nosso trabalho, os procedimentos minimamente invasivos permitem operar sem cortes, com menos desconforto para o paciente e com a vantagem de uma recuperação bem mais rápida e tranquila.
Um exemplo dessas inovações é o TEO, uma das modalidades cirúrgicas mais empregadas para a retirada do segmento intestinal comprometido pelo câncer. Com ele, é possível retirar lesões benignas ou até mesmo malignas em fase inicial e sem a necessidade de remoção do reto ou de realização de ostomia.
Isso graças ao seu retoscópio (endoscópio especial para exame interno do reto), que permite o acesso ao canal retal, e um endoscópio rígido, ao qual o sistema de vídeo fica acoplado.
Com o paciente anestesiado, o retoscópio escolhido para operação é introduzido via retal após lubrificação adequada e, com uma ótica conectada ao equipamento de videolaparoscopia, é possível ver toda a região afetada e tratá-la.
Com a tecnologia empregada no método, é possível explorar totalmente o reto, com melhores condições de visualização e operação, o que permite a remoção total da lesão, otimizando o resultado da análise microscópica (biópsia) e reduzindo as chances de recidiva.
O TEO é mais uma prova de que o emprego da tecnologia na medicina e a evolução dos equipamentos e técnicas na área seguirá favorecendo os resultados terapêuticos, tanto na coloproctologia quanto nas demais especialidades que atuam na prevenção e no tratamento do câncer.