Nossas bactérias intestinais podem ter uma profunda influência sobre nosso bem-estar mental. Isso mesmo, o desequilíbrio de bactérias do nosso intestino interfere na evolução de algumas doenças como ansiedade e depressão.
Como já falamos algumas vezes, o intestino não precisa do cérebro para lhe comandar, ele possui o sistema nervoso entérico que tem autonomia para “tomar as suas próprias decisões”. Além de conter maior número de neurônios do que o cérebro, também trabalha na produção de 30 hormônios, incluindo 95% da serotonina, um importante neurotransmissor que age na regulação do humor, do sono, do apetite, entre outras funções.
Não podemos esquecer que o intestino carrega cerca de 100 trilhões de bactérias, que compõem a microbiota, também conhecida como flora intestinal. Essa microbiota tem papel fundamental na saúde emocional e reage quando há um desequilíbrio.
Quando ela está prejudicada, ou seja, quando as bactérias ruins se sobressaem às boas, diversas substâncias tóxicas que são nocivas a nossa saúde, são absorvidas pelo intestino. Em consequência, o nosso cérebro entende que o organismo está passando por uma situação de estresse e reage com sintomas, que podem variar de acordo com o caso, por exemplo:
- Diarréia;
- Constipação;
- Cólicas intensas:
- Flatulência (aumento dos gases intestinais);
- Distensão abdominal (aumento do abdômen).
Quando a microbiota intestinal está em desequilíbrio, a produção da serotonina, bem como a comunicação entre intestino e cérebro, fica prejudicada, e consequentemente aumenta o risco para o aparecimento de distúrbios mentais como a depressão.
Cientistas também já comprovaram que as alterações como diarréia e constipação estão relacionadas a nervosismo e depressão, bem como a ansiedade e mau humor desequilibram a flora e causam as crises. Ou seja, tudo que prejudica o intestino, consequentemente atingirá o seu cérebro.
Como melhorar a flora intestinal e regular o cérebro?
É sabido que a mudança para um estilo de vida mais saudável, com prática regular de exercícios físicos e uma dieta adequada são capazes de readequar a microbiota.
Em alguns casos também é recomendado o uso de probióticos. Mas, atenção! Não é indicado tomar por conta própria e em altas doses sem a prescrição e avaliação nutricional. Não adianta se encher dessas bactérias benéficas se esse consumo não estiver ligado a uma alimentação saudável.
Saúde mental e alimentação são fatores importantes que contribuem para uma boa saúde em geral, por isso, não deixe de buscar auxílio de um médico quando perceber que a sua saúde não está bem!