É possível viver sem o intestino grosso?

É possível viver sem o intestino grosso?

Muita gente não faz ideia mas, sim, é possível viver sem o intestino grosso! Inclusive, para algumas doenças, o único tratamento eficaz é a retirada total desse órgão 

O intestino grosso é um tubo de, aproximadamente, 1,5 metro de comprimento em quatro partes: ascendente, transverso, descendente e sigmóide. As principais funções são a de extrair água e preparar as fezes, deixando-as mais compactas.

Portanto, no caso de ser retirado, o paciente passa por um período de adaptação, quando é normal a produção de fezes muito líquidas. A maioria se recupera muito bem depois da cirurgia, embora notem essa e algumas outras mudanças nos hábitos intestinais.

Com o passar do tempo e com o avanço dessa adaptação pelo organismo, há uma maior absorção de líquidos pelo restante do intestino, com a normalização das funções em algumas semanas e ou meses. Por isso, inicialmente, é recomendada uma dieta branda, bastante leve, para ajudar na recuperação.

A continuidade do trânsito intestinal pode ser garantida pela emenda do intestino delgado ao reto, que é a parte final do órgão, ou ao ânus, quando o reto também for retirado. Em algumas situações, também pode-se adotar como solução a colostomia, que consiste na criação de um trajeto externo para a saída das fezes.

O paciente pode retornar ao trabalho quando estiver se sentindo bem. Geralmente, isso ocorre em torno de 15 a 30 dias, dependendo da evolução pós-operatória. O limite da movimentação é a dor. Se não tiver dor, a pessoa pode realizar o que quiser, e com a incrível capacidade de adaptação que o nosso corpo tem, a pessoa nem sentirá que lhe falta um órgão. Muito legal, não?