Ao longo do mês estamos alertando e os nossos pacientes sobre o #maioroxo e a importância da conscientização dos problemas e consequências diárias das doenças intestinais. As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) são condições crônicas, porque costumam levar a diversos episódios sintomáticos ao longo da vida.
Os sintomas mais comuns são diarreia, dores abdominais e alterações no trato intestinal. Além disso, temos outros sintomas como cólicas, flatulência (gases) exagerada; sensação de esvaziamento incompleto do intestino e sensação de barriga estufada.
E, podem piorar depois da ingestão de certos alimentos, como cafeína, álcool e comidas gordurosas. Mas, atenção, esses alimentos podem variar muito de pessoa para pessoa e nenhum tipo de comida ou bebida agrava os sintomas para todas as pessoas.
Alimentação e doenças inflamatórias intestinais
Quando o intestino está inflamado ou apresenta sinais de que não está bem, é importante dar um descanso ao sistema gastrointestinal para permitir que ele consiga se recuperar. Claro, nós já falamos por aqui algumas vezes que não existe uma dieta específica para o portador de DIIs, mas algumas dicas podem ajudar os pacientes com Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa a terem uma rotina mais leve.
Ao eliminar carboidratos complexos, lactose, sacarose e outros ingredientes industrializados da dieta, o sistema digestivo tem menos trabalho, permitindo que o corpo inicie um processo de recuperação das células intestinais lesionadas.
Os alimentos que normalmente devem ser evitados na dieta para inflamação do intestino são:
- Carnes processadas: salsicha, linguiça, bacon, presunto, mortadela, salame;
- Cereais: farinha de trigo, centeio;
- Laticínios: leite e queijos muito processados, como cheddar e polenguinho;
- Leguminosas: feijão, lentilhas ou ervilha;
- Vegetais: couve de bruxelas, repolho, couve manteiga, quiabo, chicória;
- Frutas com casca: maçã, damasco, nectarina, pera, ameixa, cereja, abacate, amora, lichia;
- Produtos industrializados: comida pronta congelada, biscoitos, massas prontas para bolos, temperos em cubos, sopas prontas, sorvetes, doces e salgadinhos;
- Bebidas: bebidas alcoólicas.
Vale a pena reforçar que não estamos propondo uma dieta restritiva ou dizendo que todo paciente com doença inflamatória intestinal deve alterar a sua alimentação. Se você excluir alimentos, mas não observar diferença real em seus sintomas, então, você poderá tentar reintroduzi-los de volta em sua dieta.
A dica que eu sempre dou aos meus pacientes é criar um diário alimentar, sinalizando o que foi consumido no dia e observando quais alimentos estimulam as crises.
Mas, não se esqueça de compartilhar todos os sintomas com o seu médico, se um alimento em particular causar problemas, antes de eliminar permanentemente esse alimento da sua dieta.