Você já deve ter lido aqui nas minhas redes sociais ou no meu blog que as doenças intestinais têm relação direta com as emoções. E hoje, em meio a períodos tão instáveis e com um aumento de doenças psicológicas devido à pandemia, quero reforçar a importância de cuidar da mente para manter o seu intestino saudável.
A doença inflamatória intestinal não é caracterizada apenas por manifestações intestinais que se refletem nos relacionamentos, atividades sociais e até mesmo no trabalho.
Um estudo publicado no Centro Nacional de Informação Biotecnológica, nos EUA, por exemplo, constatou que os pacientes que sofriam com o problema no intestino tinham maiores taxas de ansiedade, depressão e angústia. O estudo foi feito com 4.763 participantes para entender a relação da síndrome do intestino irritável com o equilíbrio da mente.
Outra pesquisa, realizada pelo Hospital 9 de julho, em São Paulo, constatou que até 50% das doenças intestinais têm causa psicológica.
Vale lembrar que os sintomas podem vir dos dois lados. Ao conviver com sintomas intestinais desagradáveis – como diarreia, cólicas, sangramentos – os pacientes podem desenvolver sintomas de ansiedade e depressão devido ao desconforto e receio de manifestações intestinais. E o oposto também, sintomas emocionais podem desencadear disfunções intestinais.
Dessa forma, é importante que todo paciente com problemas intestinais também seja acompanhado por um psicólogo para que junto com o coloproctologista. O paciente precisa buscar mudar alguns padrões de pensamento, entender suas emoções e como controlá-las, por meio de terapias, consultas psiquiátricas, meditação, ioga, atividade física e tudo que ajuda a trazer bem-estar.
Mas, para ajudar separei algumas dicas para manter a mente tranquila:
– Tenha uma alimentação saudável e equilibrada: alimentar-se bem é um dos primeiros passos para manter nossa saúde mental em dia. A carência de alguns nutrientes prejudica o desenvolvimento e a manutenção das funções cerebrais e intestinais;
– Exercite-se: o exercício ajuda a reduzir o nível de estresse a que o cérebro fica exposto, aumentando o fluxo de oxigênio, sangue e nutrientes que chegam até ele;
– Medite: a técnica de relaxamento ajuda a manter o cérebro ansioso mais calmo e focado no presente;
– Elimine os pensamentos negativos: esse é um exercício diário. Uma dica é questionar esses pensamentos a fundo, identificando como você se sente com relação a eles e, depois, transformá-los ao mudar a perspectiva de encará-los;
– Cuide do seu sono: cuide de seu sono e dê à sua vida as horas necessárias para descansar e se desconectar do mundo.