Muitos pacientes estão procurando novas maneiras de aumentar a imunidade e melhorar a saúde durante a pandemia
Com objetivo de auxiliar a recuperação de pacientes acometidos com a covid-19, pesquisadores do Reino Unido estão estudando intervenções que visam restaurar a microbiota intestinal. Eles chamam a atenção para a necessidade de controlar a microbiota antes, durante e após a infecção.
Até o momento, a pesquisa indica que a flora intestinal permanecerá consideravelmente alterada, mesmo após a recuperação da doença.
A microbiota compreende o conjunto de microrganismos simbióticos encontrados no trato digestório. São eles: vírus, bactérias, protozoários e micetos. Devido a sua complexidade, a microbiota muitas vezes é vista como “um órgão dentro de um órgão”.
A mucosa intestinal funciona como um mecanismo de proteção, atuando como defensora de fatores imunogênicos ou nocivos presentes no lúmen intestinal, isto é, na parte interior do órgão.
Os pacientes com covid-19 que desenvolveram a forma grave da doença, apresentaram quantidade reduzida de bactérias intestinais com potencial imunomodulador, como Faecalibacterium prausnitzii, Eubacterium rectale e várias espécies bifidobacterianas.
Para fazer a avaliação da microbiota intestinal após a recuperação dos pacientes, foram coletadas 42 amostras de fezes de 27 pacientes até o período de um mês após o teste negativo para o vírus.
Em comparação com indivíduos que não contraíram a doença, a composição da microbiota intestinal dos 27 pacientes recuperados permaneceu distinta, independentemente dos participantes terem recebido ou não antibióticos.
Vale ressaltar que o breve período de acompanhamento do estudo não permitiu extrapolar dados para sintomas frequentes a longo prazo, que caracterizam a “covid longa”.
A reestruturação da microbiota intestinal no tratamento de pacientes com covid-19 pode incluir terapia nutricional ou fazer o uso de probióticos.
Alguns cuidados que apoiam o sistema imunológico na fase de pré-exposição incluem: planejamento nutricional adequado, cuidados com a saúde intestinal e do microbioma, bem como o gerenciamento de doenças crônicas associadas.
Além disso, outras considerações pertinentes para a manutenção do sistema imunológico incluem melhorias nos hábitos que impactam a qualidade de vida do paciente, como prezar por um sono reparador, praticar exercícios físicos regularmente e controlar o estresse.