O tratamento do câncer intestinal, geralmente, envolve intervenções cirúrgicas, de menor ou maior grau, seja para a remoção de um pólipo ou a retirada da parte comprometida do intestino.
No caso de alguns tumores em estágio inicial ou de pólipos, a lesão pode ser removida durante a colonoscopia.
Já para tratar neoplasias um pouco mais avançadas, pode ser necessário realizar uma colectomia, cirurgia em que parte ou mesmo a totalidade do cólon será removida, e até mesmo os gânglios linfáticos adjacentes.
Como a colectomia é feita
Esse procedimento pode ser realizado tanto por via aberta, quanto laparoscópica ou robótica.
Enquanto a primeira a cirurgia requer uma única, porém extensa incisão no abdômen, as duas últimas técnicas demandam de três a cinco pequenas incisões de acesso para inserção dos instrumentos cirúrgicos.
Um deles é uma câmera que transmite imagens para o visor do cirurgião: na cirurgia robótica, o médico opera sentado, enxergando por esse visor como se estivesse dentro do corpo do paciente.
Enquanto isso, ele manuseia um console capaz de controlar os instrumentos inseridos no abdômen da pessoa em tratamento.
O tipo de colectomia a ser realizado vai variar de acordo com o tipo e localização do tumor. Na colectomia total, todo o cólon é removido, enquanto na colectomia parcial apenas parte do órgão será retirada.
Em ambos os procedimentos, a precisão é fundamental, afinal, lesões nos nervos da região podem levar à incontinência fecal. Nesse sentido, a cirurgia robótica se destaca pela sua precisão, já que o sistema é capaz de filtrar os tremores do médico.
Recuperando o trânsito intestinal
Depois da colectomia, será necessário reconectar o sistema digestivo do paciente, permitindo o trânsito das fezes.
No geral, a decisão será entre fazer uma anastomose, em que as duas extremidades são conectadas para que a evacuação seja feita pelo ânus, ou a criação de um estoma.
Nesse caso, as fezes serão eliminadas por uma abertura no abdômen, passando a ser coletadas por uma bolsa. Essa pode ser uma medida temporária ou permanente de acordo com cada situação.
O pós-operatório da cirurgia robótica
A colectomia é uma cirurgia que traz um pós-operatório desconfortável, afinal, o corpo estará reparando tanto o tecido intestinal quanto as incisões de acesso ao órgão.
Como na cirurgia robótica os cortes, apesar de mais numerosos, são muito menores do que na cirurgia aberta, o paciente tende a ter uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, podendo voltar a realizar suas atividades cotidianas em menos tempo.
No entanto, é importante deixar claro que apesar da tecnologia ser central na realização da cirurgia robótica, a experiência do cirurgião é fundamental para o sucesso do procedimento.