Cistos, nódulos e pólipos: A importância da detecção precoce

Cistos, nódulos e pólipos: A importância da detecção precoce

É muito comum o paciente se desesperar quando falamos da existência de um nódulo, pólipo ou cisto no trato intestinal. A boa notícia é que, nem sempre, o pólipo, nódulo ou cisto se tornam câncer. Mas, isso não quer dizer que o diagnóstico precoce não seja necessário.

Antes de falar sobre a diferença entre eles, vamos voltar à nossa aula de biologia, no ensino médio e relembrar a formação dessas lesões.

O nosso corpo está em constante mudança e nossas células estão sempre se regenerando. Dentro de cada célula existe um gene responsável pela divisão celular e pelo processo de cicatrização. Quando ocorre um erro nesse processo, as células se dividem sem parar e, por isso, formam lesões que podem se transformar em nódulos, cistos ou pólipos.

Qual a diferença entre cistos, nódulos e pólipos?

Nódulo: também conhecidos como “caroços”, os nódulos são lesões arredondadas e sólidas que, normalmente, crescem em uma área delimitada. Quando ultrapassa a delimitação, pode se tornar um tumor maligno.

O nódulo pode aparecer em qualquer região do corpo, inclusive no trato intestinal. Mas, antes de definir pela sua retirada, é preciso analisar sua delimitação, crescimento, incômodo e local de acesso, entre outros fatores.

Cistos: a principal diferença entre o nódulo e o cisto é sua estrutura interna. Enquanto o nódulo é maciço, o cisto é oco e pode conter ar, líquido, sangue, pus ou outros fluidos. Eles podem se desenvolver em qualquer local do corpo, sendo mais comum em órgãos como mama, tireoide, ovários, fígado ou articulações, por exemplo. 

Normalmente, os cistos são benignos e podem desaparecer mesmo sem tratamento. Porém, sempre devem ser acompanhados, principalmente se apresentam crescimento ou características suspeitas.

Pólipos: os pólipos são lesões frequentes em órgãos ocos, como intestino, estômago e bexiga. De forma geral, eles aparecem nas mucosas e crescem a partir do acúmulo das células de revestimento. Dependendo do tamanho, o pólipo pode obstruir a região e devem ser retirados e levados para análise. 

Lesões no trato intestinal

Os pólipos são as lesões mais comuns no trato intestinal. Os pólipos intestinais são formados quando as células da mucosa do intestino sofrem mutações genéticas.

Sua formação pode surgir em qualquer parte do intestino grosso e, normalmente, apresentam sintomas como: sangramentos, alterações no funcionamento do intestino, presença de muco nas fezes e dores abdominais. Eles podem ser diagnosticados através de exames endoscópicos ou radiológicos, sendo o mais comum a colonoscopia. 

Seu aparecimento é mais comum a partir dos 50 anos e em pessoas com histórico familiar do problema. Por isso, em casos de incidência na família, é importante manter o acompanhamento médico de acordo com as recomendações de seu especialista.

Vale a pena ressaltar que o pólipo intestinal se caracteriza como uma neoplasia benigna, ou seja, não apresenta risco para a saúde da pessoa. Porém, existe a possibilidade de ele sofrer mutações. Por isso, todos os pólipos encontrados no exame endoscópico devem ser totalmente removidos e enviados para análise.

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