Câncer colorretal: confira a resposta para as 10 principais dúvidas sobre a doença

Câncer colorretal: confira a resposta para as 10 principais dúvidas sobre a doença

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, tem se tornado cada vez mais comum em adultos jovens. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 46 mil brasileiros devem ser diagnosticados com a doença até 2025. De início silencioso, essa neoplasia geralmente se manifesta por meio de alterações nos hábitos intestinais, dores abdominais e presença de sangue nas fezes. Além disso, o formato das fezes pode mudar, ficando mais finas ou alongadas.

Confira a seguir as respostas para as 10 principais dúvidas sobre o câncer colorretal:

  1. Posso chamar câncer colorretal de câncer de intestino?

Sim, câncer colorretal e câncer de intestino são termos usados para descrever a mesma doença. O termo “colorretal” refere-se especificamente à localização do tumor no cólon (parte do intestino grosso) e no reto. Já o termo “câncer de intestino” é uma maneira mais genérica de se referir à neoplasia que afeta o sistema digestivo, principalmente o cólon e o reto.

  1. Quais são os principais sintomas?

Os sintomas mais comuns do câncer colorretal incluem:

  • Alterações nos hábitos intestinais (diarreia ou constipação prolongadas);
  • Presença de sangue nas fezes, que pode ser visível ou detectado apenas em exames;
  • Dores abdominais ou cólicas persistentes;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Fezes mais finas ou alongadas.

Esses sintomas podem ser confundidos com outros problemas digestivos, por isso é essencial estar atento e procurar orientação médica em caso de qualquer alteração persistente.

  1. Qual a média de idade das pessoas com a doença?

Embora a maioria dos casos de câncer colorretal ocorra em pessoas acima de 50 anos, a doença tem sido diagnosticada com maior frequência em adultos jovens. O aumento de casos em pessoas com menos de 45 anos tem preocupado especialistas, uma vez que muitos desses pacientes podem não realizar exames preventivos regularmente, o que retarda o diagnóstico.

  1. Por que é importante observar o formato das fezes?

O formato das fezes pode ser um indicador importante de alterações no intestino. Quando as fezes se tornam mais finas ou alongadas, isso pode sugerir que há uma obstrução no intestino, possivelmente causada por um tumor. Essa mudança, associada a outros sintomas como dor abdominal ou sangramento, deve ser um sinal de alerta para procurar um médico.

  1. Qual o papel da alimentação e do consumo de ultraprocessados no desenvolvimento desse câncer?

A alimentação desempenha um papel crucial no risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Dietas ricas em carnes vermelhas e processadas, alimentos fritos, gordurosos e ultraprocessados têm sido associadas a um aumento do risco da doença. Por outro lado, uma alimentação rica em fibras, vegetais, frutas e grãos integrais pode ter um efeito protetor. O consumo excessivo de álcool e o tabagismo também são fatores que podem aumentar o risco de câncer colorretal.

  1. Quais são os fatores de risco para a doença?

Os principais fatores de risco incluem:

  • Idade avançada (acima de 50 anos);
  • Histórico familiar de câncer colorretal;
  • Presença de pólipos no intestino;
  • Doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn;
  • Dieta pobre em fibras e rica em carnes processadas;
  • Sedentarismo e obesidade;
  • Consumo de álcool e tabagismo.
  1. A colonoscopia é a única forma de diagnosticar a doença?

A colonoscopia é o exame padrão-ouro para o diagnóstico do câncer colorretal, pois permite ao médico visualizar diretamente o interior do cólon e do reto e, se necessário, remover pólipos ou coletar biópsias para análise. No entanto, existem outros exames que também podem ser utilizados como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, o enema opaco com contraste e a sigmoidoscopia, embora eles não sejam tão eficazes quanto a colonoscopia na detecção precoce.

  1. A presença de pólipos no intestino indica câncer colorretal?

Nem todos os pólipos são cancerosos. No entanto, alguns tipos de pólipos, como os adenomatosos, têm o potencial de se transformar em câncer ao longo do tempo. É por isso que a remoção de pólipos durante uma colonoscopia é uma medida preventiva importante. Pessoas com histórico de pólipos devem seguir um acompanhamento médico mais rigoroso para evitar a progressão da doença.

  1. Como é feito o tratamento do câncer colorretal?

O tratamento do câncer colorretal depende do estágio em que a doença é diagnosticada. Em estágios iniciais, a cirurgia para remover o tumor pode ser curativa. Em estágios mais avançados, pode ser necessário combinar a cirurgia com tratamentos como quimioterapia e radioterapia. A escolha do tratamento depende de fatores como a localização do tumor, o grau de invasão e a saúde geral do paciente.

  1. Todas as pessoas com câncer colorretal terão que usar bolsa de colostomia?

Não. A colostomia é uma opção necessária apenas em casos em que o tumor afeta severamente o funcionamento do intestino e não é possível reconectar as partes saudáveis. A decisão de usar uma bolsa de colostomia depende da localização e do estágio do câncer, bem como do tipo de cirurgia realizada. Felizmente, muitas pessoas podem evitar o uso da bolsa com o diagnóstico precoce e tratamentos adequados.

Conclusão

O câncer colorretal é uma doença grave, mas que pode ser tratada com sucesso quando diagnosticada precocemente. Estar atento aos sintomas, adotar uma alimentação saudável e realizar exames preventivos, como a colonoscopia, são as melhores formas de se proteger contra essa doença. Se você tiver histórico familiar ou notar qualquer alteração nos seus hábitos intestinais, procure seu médico para uma avaliação.