Se seu médico considera a possibilidade de você realizar uma ostomia ou se você tem algum ente querido nessa situação, este texto é para você. Hoje, eu vim desmistificar a ideia de que esse procedimento “acaba com a vida da pessoa”, esclarecendo os principais mitos sobre assunto. Confira:
As pessoas ao redor sentem o cheiro da bolsa.
MITO! A bolsa tem suas extremidades fechadas e, portanto, não deixa o odor passar. Porém, se não for higienizada corretamente, ela pode adquirir um cheiro ruim. Se o paciente mantiver uma boa rotina de limpeza e trocá-la conforme indicação do fabricante, dificilmente as pessoas ao redor sentirão algum odor.
O ostomizado não pode fazer exercícios físicos.
MITO! Desde que tenha liberação médica, o ostomizado pode sim fazer exercícios. Com autorização médica, é possível ir à academia, correr, caminhar e praticar esportes. A única restrição são os esportes de muito contato físico ou que possam causar traumas ao estoma.
O paciente não pode beber água quando está com a bolsa.
MITO! Muito pelo contrário: manter o organismo hidratado é extremamente importante para evitar complicações com a ostomia. Além de ajudar no funcionamento do intestino e do organismo de maneira geral, beber água evita constipação e a obstrução do estoma.
Não é possível ter relações sexuais após colocar a bolsa.
MITO! Após a cicatrização da cirurgia, o paciente pode retornar normalmente à sua atividade sexual. Mas é natural que, logo após a cirurgia, o desejo sexual diminua. Portanto, o momento ideal de retorno às relações deve ser discutido com o parceiro/parceira.
É aconselhável que o paciente não volte a trabalhar ou que trabalhe de casa.
MITO! O retorno ao trabalho é sempre aconselhável diante das condições físicas e emocionais do paciente. A vida continuará normal, com algumas adaptações, é claro. Na verdade, assim como o período de afastamento do trabalho é determinado pelo médico, o retorno também é.
A bolsa precisa ser trocada a cada higienização.
MITO! A troca da bolsa e da placa deve acontecer de acordo com as orientações do fabricante (geralmente, a cada 4 ou 5 dias). Entretanto, esse prazo é muito particular e a pessoa pode trocá-la de acordo com a necessidade.
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