Pólipos colorretais: quais são os tipos e como é a cirurgia para a remoção

Pólipos colorretais: quais são os tipos e como é a cirurgia para a remoção

Os pólipos colorretais são crescimentos anormais que se desenvolvem na parede do intestino grosso ou reto. Eles são comuns em adultos e podem variar em tamanho e forma. Embora a maioria dos pólipos seja benigna, ou seja, não cancerosa, alguns têm o potencial de se tornarem malignos com o tempo. Por essa razão, é essencial identificá-los precocemente e, se necessário, removê-los.

 

Neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de pólipos colorretais, bem como a cirurgia de remoção conhecida como polipectomia. Entenderemos como essa intervenção pode prevenir o desenvolvimento de câncer colorretal e promover a saúde intestinal.

 

Tipos de pólipos colorretais

Existem três principais tipos de pólipos colorretais, cada um com características distintas e diferentes riscos associados:

 

  • Pólipos Hiperplásicos: Esses são os pólipos mais comuns e geralmente são pequenos e não representam ameaça significativa à saúde. Eles são considerados benignos, mas alguns estudos sugerem que certos pólipos hiperplásicos podem ter um risco ligeiramente aumentado de se tornarem malignos.

 

  • Pólipos Adenomatosos: Os pólipos adenomatosos são considerados pré-cancerígenos e têm maior probabilidade de se transformar em câncer colorretal. Eles são classificados em três subtipos:
  • Tubulares: Com formato de tubo e crescimento lento.
  • Vilosos: Com projeções em formato de vela e maior risco de malignização.
  • Tubulovilosos: Com características de ambos os tipos acima.

 

  • Pólipos Inflamatórios: Esses pólipos surgem como resultado de inflamação crônica no intestino e geralmente estão associados a doenças como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Embora possam ser benignos, a inflamação subjacente deve ser tratada para evitar complicações.

 

Polipectomia: o procedimento para remoção

A polipectomia é uma técnica endoscópica utilizada para remover os pólipos colorretais durante a realização de uma colonoscopia. Esse procedimento é amplamente reconhecido como uma das formas mais eficazes de prevenir o desenvolvimento de câncer colorretal. 

 

A colonoscopia é um exame que permite a visualização do interior do intestino grosso e reto por meio de um tubo flexível com uma pequena câmera na extremidade, chamado colonoscópio.

 

A polipectomia é realizada da seguinte maneira:

 

  • Preparação: Antes do procedimento, o paciente deve realizar um preparo intestinal adequado para garantir que o intestino esteja limpo, permitindo uma visualização clara durante a colonoscopia.
  • Colonoscopia: O médico introduz cuidadosamente o colonoscópio pelo ânus e avança pelo intestino até chegar ao local do pólipo. Durante a colonoscopia, o médico examinará a superfície do intestino para identificar pólipos e outras anomalias.
  • Remoção do pólipo: Quando um pólipo é identificado, o médico usará uma alça de fio ou outro instrumento especial para cortá-lo ou removê-lo da parede intestinal. É importante notar que essa remoção é praticamente indolor, pois o intestino não possui terminações nervosas sensíveis à dor.
  • Biópsia: Após a remoção do pólipo, o médico pode enviar uma amostra do tecido para uma análise laboratorial chamada de biópsia. Isso é feito para verificar se o pólipo é benigno ou se contém características suspeitas que possam indicar risco de câncer.
  • Recuperação: Após o procedimento, o paciente será monitorado na sala de recuperação até que os efeitos da sedação diminuam. Em seguida, será liberado para casa, acompanhado por um responsável, já que os efeitos da sedação podem levar algum tempo para passar completamente.

 

Cirurgia para pólipos grandes ou complexos

Embora a maioria dos pólipos possa ser removida por meio da polipectomia durante a colonoscopia, alguns pólipos são maiores, mais complexos ou localizados em áreas de difícil acesso. Nesses casos, pode ser necessária uma cirurgia mais invasiva para garantir a remoção completa e segura do pólipo.

 

A cirurgia para remoção de pólipos colorretais geralmente é realizada por meio de uma ressecção endoscópica submucosa (ESD) ou por meio de uma ressecção laparoscópica.

 

  1. Ressecção Endoscópica Submucosa (ESD): Nesse procedimento, o médico insere um endoscópio especial com uma alça de corte na extremidade pelo ânus e avança até o pólipo. Em seguida, é injetada uma solução sob a mucosa intestinal para elevá-la, facilitando a remoção do pólipo. Através do endoscópio, o médico corta o pólipo e o retira com cuidado.

 

  1. Ressecção Laparoscópica: A ressecção laparoscópica é uma cirurgia minimamente invasiva em que pequenas incisões são feitas no abdômen. O cirurgião utiliza um laparoscópio, uma câmera com luz, para visualizar o interior do abdômen e realizar a remoção do pólipo com instrumentos cirúrgicos especiais.

 

Ambos procedimentos têm o objetivo de remover o pólipo completamente, garantindo que não haja risco de recorrência ou desenvolvimento de câncer.

 

Importância da detecção precoce

A detecção precoce e a remoção de pólipos colorretais são cruciais para prevenir o câncer colorretal, que é uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer. Estudos mostram que a maioria dos cânceres colorretais se desenvolve a partir de pólipos benignos. Portanto, a remoção desses pólipos antes que se tornem cancerosos pode evitar o desenvolvimento da doença.

 

É importante destacar que a realização de exames de rastreamento, como a colonoscopia, é fundamental para a identificação precoce de pólipos e outras anormalidades intestinais. Especialistas recomendam que adultos a partir dos 50 anos de idade realizem exames de rastreamento regularmente, ou antes, em caso de histórico familiar de câncer colorretal ou outros fatores de risco.

 

Sempre consulte um médico especialista para avaliar o melhor plano de prevenção e cuidado para o seu caso.