No mundo todo, engenheiros, físicos, biólogos, médicos e muitos outros profissionais trabalham para desenvolver novos equipamentos e técnicas em medicina robótica, promovendo uma verdadeira revolução nos procedimentos diagnósticos, clínicos e cirúrgicos.
Essa história começou na década de 1970, com o surgimento da endoscopia e da laparoscopia, que em pouco tempo tornaram-se o protocolo padrão em diversas cirurgias.
As grandes novidades, naquela época, foram o advento das imagens ampliadas do interior do organismo e a possibilidade de operar regiões profundas do corpo sem a necessidade de grandes incisões. Era o nascimento da cirurgia minimamente invasiva.
Na metade dos anos 1980, os primeiros robôs foram usados como dispositivo auxiliar em procedimentos de biópsia. Nos anos 1990, o interesse bélico dos Estados Unidos em desenvolver ferramentas para fazer cirurgias à distância foi um grande empurrão para a evolução da cirurgia robótica.
Na sequência, a robótica passou a auxiliar a equipe médica no planejamento virtual das cirurgias e na modelagem computacional de próteses, ampliando os benefícios tanto para profissionais da saúde quanto para pacientes.
A chegada da cirurgia robótica ao Brasil
Somente na década seguinte é que a cirurgia robótica chegou oficialmente ao Brasil. Em São Paulo, no ano de 2008, foi realizado um procedimento para tratamento do câncer de próstata.
De lá pra cá, já foram realizadas mais de 17 mil cirurgias robóticas, em especialidades como urologia, coloproctologia, ginecologia e ortopedia.
Atualmente, existem 57 plataformas de cirurgia robótica espalhadas em outros centros urbanos além de São Paulo, tais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.
É importante lembrar que nenhum robô cirurgião atua de forma autônoma. Todos eles são operados por um médico cirurgião, que além de toda a especialização da sua área de atuação, passa por um treinamento específico e detalhado para poder, enfim, comandar a máquina.
A cada ano que passa, podemos acompanhar mais avanços. A tendência é que a cirurgia robótica siga revolucionando a promoção da saúde, tornando-se mais acessível aos pacientes e abrangendo mais especialidades médicas.