O cisto pilonidal é uma intercorrência comum no dia a dia do consultório de coloproctologia. Trata-se de uma lesão formada por uma bolsa revestida internamente por células epiteliais, as mesmas que dão origem a pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas ou às camadas da pele.
O local mais comum de aparecimento do cisto pilonidal é a porção final da coluna vertebral, bem na junção entre uma nádega e outra. Mas ele também pode se formar no umbigo, axilas ou couro cabeludo.
Os materiais acumulados no interior do cisto inflamam e podem evoluir para uma infecção, causando dor, produzindo pus e resultando na formação de um abcesso. Geralmente, é nessas horas que o paciente procura atendimento médico.
Quais são as causas e como é feito o tratamento?
Não existe um consenso sobre as causas do cisto pilonidal. Inicialmente, a comunidade científica acreditava que era um problema de origem embrionário, ou seja, o paciente já nasce com a predisposição para desenvolver a lesão.
Hoje em dia, a explicação mais aceita é que a lesão inflamatória resulta de um processo de foliculite, que pode ser resultado da presença de pelos encravados, de pelos soltos que invadem o tecido subcutâneo ou de alterações hormonais e nas glândulas sebáceas.
O tratamento do cisto pilonidal varia de acordo com a intensidade dos sintomas e a fase do problema.
Nos abcessos iniciais, pode ser feita apenas a drenagem do material purulento, com anestesia local no próprio consultório do coloproctologista. Uso de antibióticos completam o tratamento.
Quando a doença tem alta taxa de recidiva, é preciso fazer um intervenção cirúrgica. A técnica mais usada é a ressecção em cunha do cisto com cicatrização por segunda intenção. Nesse caso, a ferida não é fechada com pontos.
Ela permanece aberta para que o processo cicatricial aconteça naturalmente. Por isso, os cuidados no pós-operatório devem ser maiores. O paciente é orientado a trocar o curativo todos os dias, lavando a cicatriz com soro fisiológico e cobrindo com gaze.
Diante de sintomas como ferida semelhante a uma espinha de tamanho maior, abscesso purulento e muita dor no local, procure um coloproctologista.