No Brasil, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o final de 2019, serão diagnosticados cerca de 36,3 mil novos casos da doença.
Uma vez confirmado o diagnóstico, a conduta médica seguirá com a avaliação do estágio do tumor, sua penetração na parede intestinal e envolvimento ou não de outros órgãos. Essa análise conduzirá a definição das estratégias de tratamento, incluindo quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou cirurgia.
A boa notícia é que o tratamento do câncer colorretal evoluiu bastante nos últimos anos, possibilitando uma queda expressiva na taxa de mortalidade. O diagnóstico precoce por meio do rastreamento é uma das principais razões para isso, juntamente com os avanços da cirurgia minimamente invasiva em oncologia.
Entenda a abordagem minimamente invasiva no câncer colorretal
Entre os procedimentos minimamente invasivos, a microcirurgia endoscópica transanal é uma das modalidades cirúrgicas mais empregadas para a retirada do segmento intestinal comprometido pelo câncer.
Trata-se de uma videocirurgia baseada na utilização de uma plataforma cirúrgica específica, chamada transanal teoscopic operation (TEO). Ela é composta de um retoscópio, que permite o acesso ao canal retal, e um endoscópio rígido, ao qual o sistema de vídeo fica acoplado.
Uma vez que o tratamento cirúrgico seja indicado, a microcirurgia endoscópica transanal oferece muitas vantagens em comparação com as técnicas clássicas de cirurgia aberta ou laparoscopia. São elas:
- possibilidade ao cirurgião de explorar totalmente o reto, com melhores condições de visualização e operação tanto de lesões benignas quanto malignas;
- remoção total da lesão, otimizando o resultado da análise microscópica (biópsia) e reduzindo as chances de recidiva;
- menos dor e complicações no pós-operatório, com retorno mais rápido do paciente às atividades diárias.
O emprego da tecnologia na medicina, com a crescente evolução dos equipamentos e técnicas, seguirá favorecendo os resultados terapêuticos tanto na coloproctologia quanto nas demais especialidades médicas que atuam na prevenção e tratamento do câncer.