Quando se fala em bactéria, logo vem à mente a ideia de algo que faz mal ao organismo. O que muita gente nem imagina, porém, é que existem bactérias “boas”, que além de não fazerem mal, trabalham como verdadeiras combatentes para impedir que o corpo humano entre em colapso. Nesse grupo, estão os probióticos, microorganismos que estão ganhando fama no últimos tempos graças às pesquisas científicas que comprovam seus benefícios.
Pro… o que mesmo?
A Organização Mundial de Saúde define probióticos como “organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro”. Os probióticos estudados e utilizados em humanos são bactérias láticas (Lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus e Enterococcus) e leveduras (Saccharomyces boulardii).
Eles podem ser encontrados principalmente em iogurtes, leites fermentados, kefir, queijos, coalhadas, missô (pasta fermentada de soja bastante usada na culinária japonesa), chucrute (conserva de repolho fermentado), molho shoyu, além de cápsulas e sachês.
Uma bactéria só pode ser considerada probiótica se, entre outras coisas, ela chegar viva e ativa no intestino, ser comprovadamente segura, exercer benefício clinicamente comprovado e permanecer viva, estável e estar em quantidades suficientes na forma de células vivas no produto até o prazo final de validade.
É bom pra quê?
Os microorganismos (bactérias, vírus, fungos e arqueas) que residem em nós estão por toda a parte, como pele, narinas, boca, genitais e principalmente intestino – 70% do exército vivo encontra-se justamente naquele que hoje é considerado o segundo cérebro. Os probióticos são responsáveis por manter essa casa ordem, deixando tudo funcionando direitinho.
Quando o intestino não está lá essas coisas, a imunidade despenca, os problemas intestinais aparecem, doenças bucais e obesidade ganham terreno, colesterol e pressão sobem pras alturas, patologias ginecológicas surgem, a pele fica irritada, sem contar, claro, os transtornos mentais que encontram condições ideais para se desenvolverem. É o caso da depressão (que na verdade é uma doença, não um transtorno), do estresse e da ansiedade.
E o que são os prebióticos, simbióticos… todos os demais “óticos”?
Os probióticos, como vimos, são as bactérias “legais”, que devem ser consumidas na dose certa (tudo demais é veneno, já diziam nossas avós). Cada tipo (ou cepa) tem uma função específica. Os prebióticos, de nome bem parecido, são certas fibras que alimentam os probióticos. Existem formulações que juntam esse dois elementos: são os simbióticos.
Já os posbióticos são as substâncias liberadas pelos probióticos que podem ser acrescidas a produtos a fim de gerar vantagens. Os parabióticos, por sua vez, são os probióticos que ainda conseguem atuar positivamente no organismo.
O ideal é consultar um médico para que juntos vocês determinem a melhor maneira de deixar vivas no organismo apenas as bactérias boas.
E você, já conhecia os benefícios de tomar probióticos?