A incontinência fecal é caracterizada pela perda involuntária ou incapacidade de controlar a eliminação de gases e fezes. Embora na maioria dos casos esta situação não apresenta consequências graves para a saúde, pode provocar muita ansiedade e constrangimento.
As causas das alterações do funcionamento intestinal são variadas, podendo ser estruturais, como dano neural e muscular causado por procedimento cirúrgico, ferimentos ou gravidez, por exemplo. Além disso, alguns medicamentos também influenciam o funcionamento do intestino.
As causas são congênitas ou adquiridas, e podem ainda resultar de doenças, como:
- Diabetes;
- Hipertireoidismo;
- Doenças na coluna vertebral;
- Inflamações na mucosa do reto;
- Demência avançada;
- Doença de Parkinson;
- Tumores no ânus e reto;
- Prolapso retal (protrusão do revestimento retal através do ânus);
O tratamento para a incontinência fecal pode ser clínico ou cirúrgico. De forma clínica, visa corrigir o tipo de evacuação, o que pode ser feito por meio de mudanças na dieta e medicamentos específicos para a diarreia. Pomadas e antidepressivos que aumentam a sensibilidade anal também ajudam.
Os casos mais graves podem contar com o tratamento cirúrgico e a eletroestimulação sacral. O procedimento cirúrgico é indicado para realizar transposição muscular.
Diarreia crônica
Já a diarreia crônica é um problema que pode ser causado por uma série de doenças inflamatórias e disabsortivas. Ela é caracterizada pela alteração persistente da consistência das fezes e aumento da frequência de evacuação. Ou seja, se a diarreia dura mais do que três semanas, já pode ser considerada como crônica.
Para identificar a causa da diarreia crônica e o tratamento adequado ser iniciado, o paciente deve se consultar com um médico coloproctologista para que seja avaliado o quadro e sejam solicitados exames que possam auxiliar na descoberta do que está causando a diarreia. Para isso, normalmente são solicitados os exames de fezes e exames de sangue.
Vale ressaltar que a condição é consequência de uma irritação no sistema gastrointestinal e pode ter causas diversas, sendo as principais:
- Uso excessivo de alguns tipos de medicamentos;
- Doenças genéticas que podem alterar o tecido do trato digestivo;
- Doenças intestinais que são autoimunes;
- Alergias alimentares e/ou intolerâncias, como a lactose e ao glúten;
- Insuficiência do pâncreas;
- Estresse constante;
- Câncer de intestino;
- Alguns tipos de infecções, como giardíase, ascaridíase ou amebíase, tuberculose intestinal, entre outras;
O principal sintoma do problema é a diarreia persistente. Mas é importante ficar de olho, pois em casos mais graves, a pessoa pode ter incontinência anal – que é caracterizado pela perda de controle da eliminação das fezes e/ou gases, que pode causar desconforto e estresse ao paciente.
Tratamento
Antes de realizar o tratamento, é necessário descobrir a causa exata da diarreia, que pode ser diagnosticada por meio de um dos seguintes exames: colonoscopia, sigmoidoscopia, exames radiológicos contrastados, tomografia de abdomen, coprocultura e exame protoparasitológico de fezes, para excluir causas infecciosas.
O tratamento pode incluir a prescrição de medicamentos, como vermífugos e antibióticos. É normal que o médico oriente ao paciente, a prática de uma dieta balanceada e com o consumo adequado de água.
É importante lembrar que em hipótese alguma o paciente deve realizar a automedicação, em nenhum dos quadros citados. Ao ter diarreia frequente, busque por um especialista para realizar o diagnóstico e orientação do tratamento.